Respondendo a Divaldo

No dia 26 de novembro de 2017, Divaldo Franco participou de um evento, intitulado "Orientação aos trabalhadores espíritas dos Estados Unidos", oportunidade em que teceu comentários acerca do Magnetismo. Jacob Melo, discordando de vários pontos do que foi dito fez este vídeo resposta, o qual deve interessar à maioria das pessoas que estudam o Espiritismo e o Magnetismo. Assista-o, divulgue-o e compartilhe-o, pois esta é uma boa oportunidade de se saber o que de verdade é o Espiritismo com o Magnetismo. (Clique aqui e assista ao vídeo)


Conhecer e Estudar o Magnetismo

Por Jacob Melo

O comentário que faz Allan Kardec à questão 555 de O Livro dos Espíritos é norte inflexível de uma verdade tão grave como séria, tão relevante como indubitável; e ele não poderia ter sido mais enfático e firme do que deixou registrado nessa obra ímpar:

“O Espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma imensidade de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu um sem-número de fábulas, em que os fatos se apresentam exagerados pela imaginação. O conhecimento lúcido dessas duas ciências que, a bem dizer, formam uma única, mostrando a realidade das coisas e suas verdadeiras causas, constitui o melhor preservativo contra as idéias supersticiosas, porque revela o que é possível e o que é impossível, o que está nas leis da Natureza e o que não passa de ridícula crendice”. (grifei)

Como nos propomos ser espíritas, será que cabe deixar o Magnetismo à reboque, como algo dispensável e menor? Estaria Allan Kardec equivocado nesse item? Por toda experiência que tenho – mais de 45 anos estudando o assunto – não consigo descobrir qualquer equívoco dele nem como largar o Magnetismo ao ostracismo, ao esquecimento, ao descaso. Percebo sim que temos perdido um tempo enorme, uma potência espetacular, por deixar tão magno assunto de lado. Tudo isso nos tem levado à ingênua e vã tentativa de transformar fábulas em ciências exatas; o exagêro da imaginação evidentemente nos arremete ao não-estudo e ao desconhecimento da realidade; superstições brotando vigorosas em nosso meio, sem que quase nada seja feito para iluminar mentes e corações ávidos por ajudas, bênçãos e luzes, reforçam o alto preço que estamos pagando; e isso culmina por nos apresentar como criaturas ridículas já que nos dizemos filósofos, cientistas e religiosos, porém cheios de crendices insustentáveis.

Será que escrevi de forma dura? Basta reler o texto acima e facilmente se perceberá que a dureza reside em nossa acomodação, na maneira pouco elogiosa com que temos nos comportado ante a base espírita.

Ou será que essas duas ciências, Espiritismo e Magnetismo, não formam, de fato, uma base homogênea, um chassis que une todos os componentes do veículo de nossos saberes por se desvendarem e se firmarem?

Se Allan Karde estava – e está – correto, então é mais do que urgente que voltemos a estudar o Magnetismo.

Na introdução do mesmo livro básico mencionado acima, em seu item 8, ele pedagogicamente nos orienta:

“O que caracteriza um estudo sério é a continuidade que se lhe dá. Será de admirar que muitas vezes não se obtenha nenhuma resposta sensata a questões de si mesmas graves, quando propostas ao acaso e à queima-roupa, em meio de um aluvião de outras extravagantes? Demais, sucede freqüentemente que, por complexa, uma questão, para ser elucidada, exige a solução de outras preliminares ou complementares. Quem deseje tornar-se versado numa ciência tem que a estudar metodicamente, começando pelo princípio e acompanhando o encadeamento e o desenvolvimento das idéias”.

Interessante é que a primeira frase desse trecho costuma ser muito repetida entre nós, os espíritas, mas raramente se vai até o ponto acima anotado. Por que será? Teremos receio de alguém nos perguntar sobre o que seria preliminar e complementar ao estudo básico do Espiritismo? Por outro lado, se queremos mesmo manter, preservar e até ampliar a feição de ciência do Espiritismo, por qual princípio iniciaremos nossos estudos e como encadaremos nossas pesquisas, os avanços necessários, o desenvolvimento desse manancial de instruções?

Não, não preciso escrever muito para dizer que estamos devendo a Kardec e aos Espiritos Superiores melhor empenho e mais observação aos fenômenos que nos circundam e instigam. Por isso mesmo quero concluir com mais uma rápida referência dele, no mesmo LE, na questão 455:

“Para o Espiritismo, o sonambulismo é mais do que um fenômeno psicológico, é uma luz projetada sobre a psicologia. É aí que se pode estudar a alma, porque é onde esta se mostra a descoberto”.

E então, o que será, de verdade e verdadeiro, que ele quis dizer com isso? Estaremos mesmo buscando estudar a alma? E como fazê-lo sem o Magnetismo, sem o sonambulismo, sem o Espiritismo?

Amigos e irmãos: reflitamos sobre tudo isso com isenção de ânimos, mas no firme propósito da fidelidade honesta e feliz para produzirmos o bem que o Bem espera de todos nós.

Grande abraço aos queridos amigos dessa abençoada Ribeirão Preto.


Oh! Meu Deus! - Então é assim que o Magnetismo é visto pelo “movimento espírita”?

(clique aqui para ler o artigo)

Estava eu participando do 6º EMME - Encontro Mundial de Magnetizadores Espíritas, na acolhedora cidade de Arraial d’Ajuda-BA, ocorrido nos dias 17 a 19 deste mês de maio, quando uma grande amiga e magnetizadora daquela cidade disse que gostaria de minha opinião sobre um e-mail que ela recebera, o qual trazia o timbre do CFN-FEB (para os que não estão acotumados com as siglas, trata-se do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira).
Recebida uma cópia passei a lê-lo. E à medida que fui lendo aquele documento, meu espanto me levava a ficar mentalmente repetindo: “Oh! Meu Deus! Oh! Meu Deus!”…

Comentários recebidos acerca do artigo Oh! Meu Deus! Então é assim que o Magnetismo é visto pelo “movimento espírita”? e do que escreveu o “tutor”.

Comentário 1. Campina Grande - PB

Jacob vi sua resposta ao “tutor” e até já comentei no seu facebook. È lamentável! Deplorável mesmo, que alguém de um Conselho Federativo da Federação Espírita use de meios insidiosos para tentar desacreditar o Magnetismo. A mim parece tão absurdo!!! Um “espírita” querer desacreditar ou descredenciar o Magnetismo. Lamento por ele e por quem possa se deixar influenciar por tais sandices.

Ontem eu lia uma colocação que veio a calhar com a atitude deste “tutor”: “ a desinformação é inimiga do progresso. É pior do que a ignorância total, porque a informação equivocada e a meia-verdade são mais perigosas do que a mentira.

Infelizmente grassa em nossos arraiais a meia-verdade”.

O “tutor” se utiliza de um discurso bonito ao falar de JESUS e KARDEC, mas distorce a verdade no que diz respeito ao MAGNETISMO.

Mas você respondeu a altura! Bravo!

Siga firme, meu amigo! Por mais e por muitos que possam querer distorcer a verdade sobre o Magnetismo, a verdade sempre irá se sobressair. Basta pensar em única pessoa que tenha deixado de cometer suicídio ante a assistência recebida com passes magnéticos. E, como sabemos muito bem, a terapia com passes magnéticos já evitou um sem-número de prováveis suicídios, portanto entendo que a opinião de um desses “tutores” é, no máximo, insignificante e ridícula.

Comentário 2. Linhares - ES

Caro Jacob Melo

Com relação ao artigo "OH Meu Deus", parecia-me que o estava ouvindo, quando li a resposta... e só aumentou meu respeito e admiração por você...

Por pedir que se quissésemos poderíamos falar alguma coisa posto o seguinte: “Veja quem tem olhos de ver e ouça quem tem ouvidos de ouvir." Esse desafio repercute até hoje na consciência amortecida dos seres humanos, repetidas as palavras sem a percepção completa da intenção com a qual foram enunciadas por um grande Mestre do passado, quase lendário para a maioria dos seres humanos. "Olhos" e "ouvidos" capazes de apreenderem a Realidade do espírito, com certeza, não existem muitos...

Comentário 3. Barra Mansa - RJ

Oh meu Deus! É lamentável quando nos deparamos com tanta falta de informação, logo nessa Doutrina onde o estudo é essencial... Instrui-vos sempre! Que nossos amigos superiores possam iluminar esse nosso irmão para o estudo e aprendizado.

Comentário 4. Internet, na página www.jacobmelo.com

Observamos que os órgãos de difusão do Espiritismo, que promoveram traduções à partir da codificação até obras que lhes são subsidiárias e pertinentes, não traduziram para a língua portuguesa as referentes ao Magnetismo, o que teria proporcionado uma operacionalidade diferenciada e consciente quanto ao uso da fluidoterapia nos meios espíritas. Traduziram muitas obras, mas, esqueceram as obras sobre o Magnetismo de Antoine Mesmer, Du Potet, Puysegur, Deleuze, Reichenbach, Bernheim, Braid e outros.

Fica então uma interrogação: teriam os que promoveram os primeiros movimentos do Espiritismo entre nós, não entendido o posicionamento de Allan Kardec, desvinculando desde aquele momento, as duas ciências, ou seja, o Espiritismo, do Magnetismo?

O Espiritismo teve seu berço na França e sua maior expansão no Brasil, mas, em nosso Movimento, onde encontrarmos os citados referenciais de apoio do Magnetismo ao Espiritismo, apresentados por Kardec, como primordiais ao seu desenvolvimento?

Comentário 5. Aracaju - SE

É lamentável que este seja o entendimento a respeito da ligação entre o Espiritismo e o Magnetismo, principalmente de alguém que faz parte de um órgão que se fez representante do Espiritismo no Brasil. Ignorância, pura ignorância!

A mesma ignorância que muitos de nós que hoje compreendemos a importância do Magnetismo também tínhamos há algum tempo, quando líamos Kardec e passávamos "batido" quando das referências do Codificador à ciência magnética, preferindo seguir a multidão que pensava e pensa equivocadamente.

Sigamos em frente com a razão, deixando de lado a paixão, exemplificando o bem para não cairmos no extremo oposto: o Magnetismo sem o Espiritismo.

Comentário 6. Curitiba - PR

Afinal, seria Erasto, o Espírito, citado pelo “tutor” (FEB, quem são os incapazes?), a favor ou contra o estudo conjunto do Magnetismo e do Espiritismo?

O artigo de Jacob não deixa dúvidas, mas não custa lembrar, corroborando com a conclusão, que Erasto, integrante da plêiade de espíritos responsáveis pela revelação espírita, instruindo Allan Kardec, no “Caso de Possessão da Senhorita Júlia” (R.E. Jan/64, p. 32-33), apresenta-nos uma LEI:

“Para a cura de um possesso é necessário dupla ação: uma ação espiritual consistente na evocação de bons Espíritos, e uma ação material consistente na ação de um magnetizador experimentado e perfeitamente convicto da verdade espírita”.

E com a revelação desta Lei, Erasto deixa claro a necessidade de se estudar o Magnetismo conjuntamente com o Espiritismo, pois se assim não fosse, como trataríamos e curaríamos uma possessão no Centro Espírita sem um Magnetizador Espírita? E como encontrar um Magnetizador Espírita sem o estudo conjunto do Magnetismo e do Espiritismo?

Além disso, o próprio Allan Kardec não tinha dúvidas sobre a necessidade de um Magnetizador Espírita para resolver uma obsessão: veja-se o artigo “Estudos sobre os possessos de Morzine: causas da obsessão e meios de combatê-la”, R.E. Dez/62, onde é taxativo: “É absolutamente necessário um magnetizador espírita, que age com conhecimento de causa, com a intenção de produzir, não o sonambulismo ou uma cura orgânica, mas os efeitos que acabamos de descrever”.

Como agir com conhecimento de causa, quer para a produção do sonambulismo, quer de uma cura orgânica, ou ainda da resolver um obsessão, sem que o espírita estude o Magnetismo?

Se o espírita não estudar o Magnetismo, de duas uma: ou não será capaz de produzir o sonambulismo, a cura orgânica e combater a obsessão, ou cairá numa “ridícula crendice” (LE, p. 555, comentário de Allan Kardec).
Comentário 7. Orlando-Fl - USA

Infelizmente aí está mais uma vez a generalização diante das casas espíritas sérias e não-sérias... É esse tipo de argumentação que acaba por corromper a reputação da atuação magnética nas casas espíritas SÉRIAS. De certa forma tenho que concordar que pode ter acontecido sim, como em todos os movimentos nesse planeta em que vivemos, situações onde nós próprios da seara espírita, nos desvirtuamos, partimos para o ritualismo e o fanatismo. Mas a verdade é que as casas espiritas SÉRIAS, ou seja, as que trabalham em nome do Cristo na disseminação do seu Consolador de Luz, acabam por serem colocadas nesse redemoinho de vaidade, de idolatria e chacota quando na verdade estão tentando obter a oportunidade de realizar um trabalho cristão de auxílio ao próximo que procura um lar de Jesus. Se apenas o despertar da consciência fosse suficiente para nos "livrar" de todos os problemas, certamente seria tudo num passe de mágica... O que fazemos com as cicatrizes espirituais sendo trazidas de épocas através dos inúmeros séculos??? Pergunto, se o despertar da consciência acontece numa pessoa com doenças terminais, pacientes desenganados pela medicina na Terra, pessoas descrentes de corpo e alma... Vai tudo se curar de forma instantânea?

Será que o Magnetismo não poderia ser usado como uma ferramenta de auxílio e Luz, já que os Espíritos muito mais evoluidos que nós tambem se utilizam dessa ciência, no mundo material e espiritual? O magnetismo aliado ao Espiritismo, como não é novidade, para muitos é o arsenal completo de amor e alívio que Jesus e seus Trabalhadores da Luz nos deixaram. As vezes me pergunto o que o iluminado Allan Kardec deve pensar de todos esses episódios de blasfemia, vaidade e personalismo, diante de uma doutrina que ele endossou, dedicou uma encarnacao toda para codificá-la e fez questão de afirmar que o Magnetismo é parte dela, tão parte que a completa, sendo ciências irmãs... É de lamentar a visão de alguns confrades, e sem nenhum personalismo e julgamento de minha parte a quem quer que seja, afirmo que o magnetismo foi quase destruído no passado e se ele não fosse verdade, não fosse do Bem, aliado ao Alto, ele jamais teria sobrevivido. Se essa ciência for uma verdadeira mentira, cairá por terra, e Allan Kardec perderia sua credibilidade? Se equivocou quando publicou todo esse manacial de informações sobre a ciência magnética não só nos livros básicos como tambem ao longo de todos os anos da Revista Espírita? Será que Allan Kardec tambem se equivocou quando endossou o Magnetismo e até nos recomendou atraves desse artigo acima que buscassemos conhecer as obras dos magnetizadores, com os quais ele mesmo praticou o magnetismo por mais de 30 anos aliviando a muitos??? Seja o que for, o bem sempre vence, é a nossa opinião pessoal, e mera vivência e evolução espiritual nunca poderá combater o que está por detras da Verdadeira Luz.

Comentário 8. BH - MG

Li o seu comentário sobre a resposta dada pelo “Tutor” da FEB. Como é triste ver uma coisa desta, especialmente vindo de pessoa que teoricamente seria um obreiro do Pai... Mas Graças a Deus, em contrapartida temos pessoas, especialmente você, dedicando suas vidas aos trabalhos no Bem, ao alívio das dores, promovendo a melhora da qualidade de vida, restabelecendo a esperança das pessoas, estudando, pesquisando. Parabéns e obrigado por mais uma vez deixar absolutamente claro a importância, a relevância, a bênção do Magnetismo.

Comentário 9. Taubaté - SP

Tomei conhecimento hoje do "Conto do Tutor"; e, "Oh! Meu Deus", mesmo em pleno século XXI sermos defrontados com estórias de carochinha, ainda em enredo de baixa qualidade, incapazes de iludir os ouvintes e/ou leitores ingênuos, vez ser impossível falsear o que se encontra expressamente determinado.

Por infelicidade, casos como o que se encontra em pauta ocorrem aos milhares pelo Mundo; e, ao contrário do que gostaríamos enxameia o Movimento Espírita, vez que para alguns melhor que ter o trabalho de estudar, pesquisar, etc. é encontrar uma posição que lhe pareça mais cômoda e dali não arredar pé por nada, ainda que apresente argumentação inconsistente, incongruente; e, visivelmente notório estar em desalinho com verdades comprovadas, sobre as quais já não pesam dúvidas.

Do pouco que conheço do Magnetismo, afirmo que após ler Barão Du Potet e Deleuze, minha primeira impressão foi a de que eram Espíritas, mesmo sem que o soubessem. Também penso sem qualquer sombra de dúvida que ao Codificar a Doutrina Espírita, Kardec encontrou respaldo, assim como passou a entender melhor a ciência por ele professada há cerca de 35 anos, tanto que conforme consta do seu manifesto, consignou expressamente que as duas ciências se completavam.

Indubitavelmente, opiniões daquele naipe são ocasionadoras do atraso material, intelectual, moral e espiritual da humanidade, pelo que em defesa das grandes verdades há que se veicular respostas como a por ti postada, a qual com certeza percorrerá muitos rincões.

Acredito que o parecer do "Tutor" enviado para a Rita não passa de opinião isolada, mas que termina maculando uma instituição sempre tão honrada e respeitada como a FEB, mormente pela falta de caridade com os seres humanos que o sr. "Tutor" julga como perdidos e portanto não merecedores de maior ajuda enquanto pela dor e pelo entendimento não se afinizarem com os ensinamentos de Jesus, secundados pelo Espiritismo, o qual tem aquela (caridade) como o único meio de salvação.

E, prourando vivenciar a Lei de Amor e de Caridade que nos foi ensinada e proposta por nossos Instrutores Maiores, certamente não se guardará quaisquer ressentimentos ao sr. "Tutor", tanto porque sua opinião, ainda que erronea ou não aceita, há que ser respeitada, como pelo entendimento de que vivemos neste Planeta misturados em variadas classes de entendimento e evolução, pelo que uns possuem horizontes mais largos, enquanto outros os possuem bem estreitos; mas que com as Bençãos de Deus evoluimos (ainda que miletricamente em cada encarnação) e com certeza modificamos nossa visão, o nosso ponto de vista para melhor.

Amigo Jacob eu lhe peço que me perdoe por alguns erros de grafia ocorridos em virtude da minha ainda precária visão.

Me despeço solicitando mais uma vez que a Luz de Jesus seja o lume para o seu caminhar, para o dos Magnetizadores Espíritas e de todos que usufruem dos beneficios do Magnetismo, o qual sem dúvidas se perpetuará (embora queiram alguns reduzi-lo a cinzas) eis que tem base sólida e atuará em proveito da humanidade do porvir, já que vislumbramos o limiar de uma nova era.

Comentário 10. Niterói - RJ

Pelo amor de Deus, que artigo mais digno de Oh! Meu Deus, é este que respondeste! Que "tutor" mais maluco é este que escreve de forma tão desagradável e errada, respondendo a uma pergunta que nem sequer cabia a ele tão perfeita que nem se teria com o que rebater?!! Estou estarrecida com tamanha sei lá o que, que acabei de ler do senhor "tutor" sobre o Magnetismo. Mas graças ao Bom Deus temos você e muitas outras pessoas estudiosas e conhecedoras das obras do sr. Allan Kardec e outras que, por sua vez, repondem com diginidade e conhecimento, como você o fez, rebatendo este show de asneiras, besteiras, impropérios, falta de conhecimento e sei lá mais o que que poderia escrever... Me desculpe se estou sendo grosseira, mas estou tão envergonhada do que li da resposta do sr "tutor", que nem tenho palavras para demonstrar a minha indignação.

Estou com você, com as obras de Kardec, Mesmer, Barão de du Potet e tantos outros... e muito indignada com tudo, quando só me resta a dizer: Me aparece cada coisa, cada coisa... Oh! Meu Deus!!! Gente, o que é isso??? 


Carteirinha de Espírita – por Jacob Melo

“Jesus, porém, percebendo a sua malícia, respondeu: Por que me experimentais, hipócritas?”. (Mateus 22, 18)

Jesus, exemplo maior da bondade e do equilíbrio, o qual temos por modelo e guia (questão 625 do L.E.), costumeiramente usava de justo rigor contra aqueles que, sabendo o que faziam e o que de fato queriam atingir, eram considerados hipócritas.
E quando Poncio Pilatos o questionou se Ele era rei, sua resposta ecoou fundo: “Tu o dizes; sou rei!” (Mateus, 27, 11).

Em nosso meio espírita encontramos pessoas magistrais, fabulosas mesmo e portadoras de posturas da mais elevada dignidade e fidelidade aos mais nobres princípios morais. Em sua grande maioria vivem de forma quase anônima, como a deixarem espaço para que a intelectualidade se expresse livremente e de acordo com suas consciências.
Essas pessoas não precisam apresentar “documentos de filiação ou adesão”; seus comportamentos falam por si.

Por que, então, estou eu escrevendo sobre esse assunto? Carteirinha de espírita? E existe isso?

Hoje, pleno janeiro de 2014, um amigo questionou-me: - Jacob, se te pedem “carteira de espírita”, posso eu saber quem é ou qual órgão está credenciado para dar-lhe valor e validade?

Respondi com um sorriso.

Na verdade, ninguém me pediu carteirinha de espírita, mas pelo que andam falando parece haver necessidade dela existir, ainda que seja para uso exclusivo.

Faz mais de três anos que pela primeira vez soube que eu estava sendo apresentado como não-espírita; eu teria deixado de ser espírita e agora era apenas um magnetizador. Naquela ocasião ficou limpidamente claro que se tratava do explícito interesse em sugerir que eu não fosse convidado a falar, expor, estar presente ou participar de qualquer atividade espírita nas chamadas Casas filiadas ou adesas.

Contudo imaginei tratar-se de uma observação pontual e sem maiores implicações. Porém, depois desse primeiro episódio, muitos outros começaram a ser repetidos, tanto no Brasil como no exterior. Sempre alguém, que prefere se esconder no manto do anonimato, embora deixe aparecer a ponta de um véu chamado “cartilha da Casa superior”, a dizer que deixei de ser espírita e que pretendo transformar Casas espíritas em não-sei-o-quê.

Provavelmente este assunto não interessará a muitos leitores, mas àqueles que querem refletir sobre esse comportamento aqui apresentarei alguns pontos interessantes.

1- Desde a infância, sempre estive ligado ao Espiritismo e ao movimento espírita. Exerci quase todos os cargos diretivos da Federação Espírita do Rio Grande do Norte, ao longo de quase 30 anos. Saindo de lá, fundei o Grupo Espírita Allan Kardec e, no mesmo ano, fui um dos sócios fundadores do Lar Espírita Alvorada Nova, instituição da qual fui vice-presidente durante mais de 10 anos e atualmente sou seu presidente, desde agosto de 2013. Sou escritor, expositor, pesquisador, magnetizador teórico e prático e músico, tudo no campo espírita, estando atuando, com total vigor, em todos esses modos de servir, sempre a serviço do Espiritismo.

2- Dentre meus livros, um foi escrito com o simples interesse de deixar bem fundamentado, para quem quisesse estudar o Magnetismo, o elo de ligação dessa ciência com o Espiritismo. Coincidentemente, pouco tempo depois do surgimento desse “Reavaliando Verdades Distorcidas” aconteceu a arremetida de se dizer que deixei de ser espírita. Esta coincidência não foi assim tão casual; neste livro retrato, de forma inquestionável e sem sofismas, o que o senhor Allan Kardec e os Espíritos que, por suas observações, foram considerados Superiores, disseram acerca do vínculo do Espiritismo com essa ciência – só para me limitar aos textos mais explícitos, recomendo ao leitor interessado ler os comentários de Allan Kardec à questão 555 de O Livro dos Espíritos, a mensagem Magnetismo e Espiritismo, da Revista Espírita de março de 1858, e uma parte do artigo sobre Estatística dos Espíritas, publicado na Revista Espírita de janeiro de 1869.

3- Lembro que Allan Kardec, antes de ser espírita, foi magnetizador por 35 anos. Sua experiência naquela ciência deu-lhe autoridade suficiente para falar, indicar, ratificar e confirmar o vínculo do Espiritismo com o Magnetismo. Chegou a afirmar: “É sempre um erro cair nos extremos, e há tanto exagero em tudo reportar ao sonambulismo, como haveria, da parte dos espíritas, em negar as leis do magnetismo. Não se poderia roubar à matéria as leis magnéticas, do mesmo modo que, ao Espírito, as leis puramente espirituais” (Obras Póstumas, item 61). Todavia existem os muitos que, sorrateiramente, querem negar os vínculos entre as duas ciências bem como tirar do Magnetismo suas leis, que são naturais.

4- Disse Jesus: “E por que me chamais: Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu vos digo?” (Lucas, 6, 46). Estaria Ele, porventura, querendo ouvir: “sou espírita de carteirinha” no lugar do “veja meus frutos e diga de que árvore sou”? O estudo, a compreensão, a prática e a vivência do magnetismo é a mais rica manifestação da ação espírita, especialmente no vasto campo denominado “Consolador”. E quando queremos falar de fé, não precisa muito; basta busquemos O Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo 19, mensagem “A fé humana e a fé Divina”. Ali, de uma maneira tão clara quão lógica, é apresentada a força do Magnetismo nas curas e na fé, além de concluir apresentando que tudo “não passa de um desenvolvimento das faculdades humanas”. Honestamente: isto deve deixar em polvorosa esses que querem deter o poder de dizer quem é ou quem deixa de ser espírita!

5- Não, não há desrespeito a Casas, ideias, maneiras de ver e pensar, como não há conivência com erros e interesses subalternos, ainda que o preço a ser pago seja o da perseguição, dissimulada ou ostensiva, hipócrita ou descarada, em todo caso, porém, totalmente antiespírita. Uma pessoa que mantém um site (www.jacobmelo.com), atualizado quase que diariamente, apresentando palestras em vídeo (com data de ocorrência), programas gravados em áudio, artigos e opiniões, fotos e dados de instituições sérias que servem aos seres humanos que pedem, procuram e precisam ser acolhidas de forma real e promissora, essa pessoa não precisa fingir ser o que não é.

6- Mas imaginemos que eu não seja espírita. Em que isso diminuiria a ação que desenvolvo? Em que minha moral estaria afetada? Mas, ao contrário, os que comungam de uma maior proximidade comigo sabem que já rejeitei convites de pessoas que ofereceram grandes vantagens para que eu levasse os conhecimentos que vivencio para áreas não espíritas, pois ali o contingente dos beneficiados seria milhares de vezes maior do que o universo espírita, além de me oferecerem compensações que, para uma larga quantidade de pessoas, seriam irrecusáveis. Talvez o anti espiritismo esteja presente no fato de eu abrir mão de atender a um número muito maior de necessitados para seguir me esforçando para que os espíritas vejam o que tem sido desvirtuado há mais de um século e meio. Seria isso o que eles alegam?

7- Ainda no raciocínio de eu não ser espírita; se isso me denegriria é porque eu estaria me perdendo. Assim sendo, os fiéis seguidores do Evangelho pensariam no fato de que “não são os que gozam saúde que precisam de médicos”, portanto eu deveria ser acolhido, exatamente para que não fosse perdida “a ovelha”. Mas não me parece que essas pessoas pensam assim. Elas preferem jogar fora as sobras do que servirem aos que passam privações. E não nos iludamos: os que querem rotular as pessoas são exatamente as mesmas criaturas que dizem defender a união, o ecumenismo, a fraternidade, a aproximação dos seres humanos num só redil... Que nome daríamos a isso? Conforme anotado acima, Jesus chamou de hipocrisia.

8- Um dos argumentadores de que eu não mais sendo (na opinião dele) espírita, tendo recebido a informação de que minhas palestras apontavam exatamente na direção de que minhas abordagens são eminentemente espíritas, logo rebateu dizendo que essas palestras são antigas, pois as atuais não falam mais de Espiritismo. Ironicamente, algumas pessoas já me pediram para que eu fale mais em outros autores além de Allan Kardec, exatamente porque sou considerado uma pessoa muito lastreada no codificador e, nas opiniões dessas pessoas, parece ficar faltando abordagens menos kardequianas... Quiçá esse seja um ponto que tanto incomoda os “classificadores” do meio espírita, pois me rotulam de não-espírita, mesmo com toda minha argumentação tendo fundamento nas obras desse grande mestre.

9- Mas... Por que será que eles querem me apresentar como não-espírita? Será só porque acham difícil se reformularem na forma como andam interpretando o mestre lionês e seus escritos? Certamente que não é só por isso. Imagino o quanto deva ser incômodo, depois de tantas décadas orientando as pessoas algo visivelmente equivocado, agora ter que desdizer e reorganizar os conhecimentos e os saberes que estabeleceram, mas deve haver algo mais imperioso por traz disso tudo. Afinal, o vínculo do Magnetismo com o Espiritismo não foi ideia nem construção minha (que pena, que pena!!!) e sim do próprio Allan Kardec e dos Espíritos que, juntamente com ele, compuseram todo o arcabouço e corpo da Doutrina de tríplice aspecto. Como poderão eles assumirem que estiveram ensinando um antiespiritismo? Será mais fácil fazer mira naquele ou naquilo que os deixe a descoberto.

10- Surge então meu nome no cenário. Afinal, o que é, quem é Jacob Melo? Um nordestino sem projeção que anda se metendo a “reavaliar” o que vimos dizendo e repetindo ao longo de mais de um século. Sendo assim, devem imaginar, basta desacreditá-lo, acusa-lo de não-espírita e logo será esquecido e tudo será como sempre foi e como jamais deverá deixar de ser. Não fica, pelo menos é o que sinto, raivas ou iras pessoais contra minha pessoa, mas ação objetiva para estancar essa onda de fazer as pessoas racionarem de que é possível ajudar, aliviar e curar pessoas, almas, seres... Afinal o Magnetismo pode ser praticado em qualquer lugar e por qualquer pessoa, desde que se saiba o que e como se fazer. Isso gerará liberdade, ação sem vínculos de subalternidade e possiblidades de se mudar sofrimentos em superações, gratidões diretas a Deus em vez de dependências às Casas. Nesse cenário, nada melhor do que desacreditar a pessoa que se propôs a reavivar os valores do Magnetismo no seio espírita e da própria humanidade.

11- “A depressão é doença da alma”, dizem, e só mesmo uma mudança (reforma) íntima será capaz de fazer frente a esse mal. “Não é possível que uma terapia magnética seja capaz de reverter um quadro depressivo”, afirmam. “As palestras são o melhor remédio, a prece o melhor socorro, a fé a única tábua de salvação”, vociferam, condenando ainda mais quem já se sente irremediavelmente condenado pela própria força imobilizante da enfermidade. Mas quando nada disso parece funcionar, se negam a prestar o mais do que relevante serviço que o verdadeiro Magnetismo oferece para socorrer almas que tem se precipitado à morte ou à vegetabilidade da vida apenas. Parece preferirem orar pelas almas que se perderam do que ajuda-las a se encontrarem enquanto estão a caminho. – Posso estar sendo ácido, mas a realidade é mais cruel do que estas palavras.

Sim... Jesus tinha uma carteirinha: sua atitude, sua palavra, seu olhar. Ainda não existia o cristianismo, mas havia Ele.

Por fim, parafraseando Jesus a Pilatos: sou magnetizador sim, tu mesmo o dizes, mas esqueces de acrescentar: sou Magnetizador Espírita, com enfáticas letras maiúsculas. 

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